Melancolia Sorridente
O mais recente disco de uma das grandes senhoras da musica está ai a rebentar nas lojas, trata-se de Fucking Smilers da cantora Aimee Mann.
Um novo tomo de melancolia e ironia, baseado nos tão conhecidos smileys da Net, conceito que a cantora adaptou por considerar que, hoje em dia, há pessoas a insistir para que façamos um sorriso, mesmo quando não é essa a nossa vontade.
Como sempre nesta senhora, um disco 5 estrelas e a não perder.
Carpe Diem.

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Amante Imortal

Ainda sobre o filme O Sexo e a Cidade, aqui fica a carta de amor que Beethoven escreveu à sua Immortal Beloved e que Carrie lê no filme a Mr. Big:


Though still in bed, my thoughts go out to you, my Immortal Beloved, now and then joyfully, then sadly, waiting to learn whether or not fate will hear us

I can live only wholly with you or not at all

Yes, I am resolved to wander so long away from you until I can fly to your arms and say that I am really at home with you, and can send my soul enwrapped in you into the land of spirits

Yes, unhappily it must be so

You will be the more contained since you know my fidelity to you. No one else can ever possess my heart - never - never - Oh God, why must one be parted from one whom one so loves. And yet my life in V is now a wretched life

Your love makes me at once the happiest and the unhappiest of men

At my age I nedd a steady, quiet life - can that be so in our connection? My angel, I have just been told that the mailcoach goes every day - therefore I must close at once so that you may receive the letter at once

Be calm, only by a clam consideration of our existence can we achieve our purpose to live together

Be calm - love me - today - yesterday - what tearful longings for you - you - you - my life - my all - farewell. Oh continue to love me - never misjudge the most faithful heart of your beloved

ever thine

ever mine

ever ours

Carpe Diem.

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Encontros e Desencontros em NY

As séries de TV quando são transpostas para cinema, regra geral, dão resultados insatisfatórios ou acabam por representar um episódio alargado... o filme O Sexo e a Cidade é um exemplo cabal deste último caso, trata-se de um episódio ultra-extendido (2:25 minutos).
Será isto um problema para desfrutar do prazer de reencontrar Carrie, Miranda, Samantha e Charlotte? Nada disso!! Tenho de confessar que nunca fui viciado na série, contudo, sempre que acontecia apanhar um episodio a dar na TV ficava completamente agarrado ao enredo e a estas 4 mulheres que, com muita ironia e companheirismo, vão dando a volta aos homens que lhes aparecem.
O filme traz todos os condimentos que tornou famosa a série, desde as confissões sexuais entre amigas, o casa/descasa (ainda mais premente no filme) entre Carrie e o Mr. Big, os problemas de casada de Miranda, o regresso de Samantha aos homens e a vida feliz de Charlotte.
Trata-se de um filme leve (sem com isto depreciar o seu conteúdo), onde os finais felizes ainda são possiveis mesmo que na cidade mais desumanizada do Mundo que é Nova York. Tenho de salientar 2 momentos, entre vários, no filme: a reconcialiação entre Miranda e Steve na ponte de Brooklin (sim, eu sou um romântico) ao som de Al Green/Joss Stone e uma das belas cartas de Beethoven à sua Immortal Beloved, lida por Carrie a Mr. Big.
Recomendo o filme a quem foi (e é) viciado na série, a quem acredita ainda nesse enorme palavrão chamado Amor, a quem se quer divertir durante umas horas com estas 4 mulheres e, sobretudo, a homens que não queiram tentar compreender as mulheres, mas que as aceitam como elas são.
Carpe Diem.

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Sonho ou Realidade?
Na primeira vez que vi o trailer deste filme pareceu-me demasiado estranho (até para mim), contudo graças a uma pessoa muito especial, dei-lhe uma segunda chance e acabei por assistir ao mais recente Coppola, de seu nome "Uma Segunda Juventude".

A história é demasiado complexa para ser contada em poucas linhas... começa com um homem de idade avançada (Dominic Matei) a ser atingido por um raio e, em vez de morrer, acaba por rejuvenescer misteriosamente, pelo meio há uma história de espiões, uma busca linguística, uma história de amor intemporal, duplas personalidades e a ilusão do regresso a uma juventude hipotética.

Trata-se de um filme, à semelhança do ultimo Lynch (INLAND EMPIRE), para se sentir, para divagar na beleza do filme... interessa responder a alguma coisa? Saber se tudo não passou de um sonho ou se foi mesmo real? Não creio... o mais importante neste filme é sentir a emoção, a beleza pura, o desespero dos amantes, o sonho de retornar atrás na Vida mas que nunca pode ser igual ao que foi (o titulo original é eximio neste dilema e diz tudo, youth without youth)...

Retenho 3 sequências, entre várias: Dominic (Tim Roth) encontrando Veronica (Alexandra Maria Lara, belissima depois do filme Control) nas rochas perto do mar e salvando-a com o seu amor; o momento perto da janela ao pôr do sol em que ele abdica do que mais ama apenas para salvar a fonte do seu amor e por fim o final com uma morte branca e uma simples rosa a dar o tom de que é feito o amor.

Deve estar quase a sair dos cartazes, contudo, vale a pena ir vê-lo.

Carpe Diem.

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Chaves
Ainda do filme "My Blueberry Nights - O Sabor do Amor", um excerto do diálogo que me ficou na memória, entre a personagem de Jeremy (Jude Law) e a de Katya (Cat Power), algo em que me revejo:
Sometimes, even if you have the keys those doors still can't be opened. Can they?
Even if the door is open, the person you're looking for may not be there, Katya.
If I threw these keys away then those doors would be closed forever and that shouldn't be up to me to decide, should it?
Somos sempre nós mesmos que temos de decidir quando fechar uma porta ou abrir outra, se devemos ou não deitar a chave fora, se vale a pena guardar a chave mesmo que depois não esteja ninguém do outro lado.
No fundo, são sempre escolhas que se fazem, caminhos que se escolhem, por vezes nem sempre o mais fácil e directo... por vezes temos de lutar, tentar mesmo que o resultado seja diferente do que esperamos... arriscar e fazer loucuras para que depois não fiquemos a pensar "e se...".
Ter medo é normal, mas enfrentar esse medo e tentar sem pensar nas consequências (positivas ou negativas) é que faz acreditar no futuro.
Carpe Diem.

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