Os Olhos Azuis da Vida
Para uma pessoa que ama o cinema como eu não poderia deixar passar neste espaço uma homenagem (ainda que tardia, mas pouco tempo tive este fim de semana) a esse GRANDE actor que foi Paul Newman.
Na passada Sexta faleceu com 83 anos vitima de um cancro e, tal como em toda a sua carreira, com grande dignidade preferindo passar os ultimos momentos na sua casa do que num hospital anónimo. Como disse a familia, Paul Newman morreu tal como viveu, de forma privada e discreta.
Deixou-nos um dos últimos grandes actores do cinema americano cujas últimas intepretações lhe permitiram uma nomeação ao Óscar ("Estrada para a Perdição"), um Globo de Ouro (pela serie "Empire Falls") e dar a voz a um dos carros do filme da Pixar, "Carros".
Sempre me impressionou a sua força de interpretação e os seus intensos olhos azuis... será sempre o instrutor de snooker de Tom Cruise ("A Cor do Dinheiro"), o companheiro de Redford ("Butch Cassidy & Sundance Kid"), o amante de Elizabeth Taylor ("Gato em Telhado de Zinco Quente") entre outros em mais de 54 anos de carreira.
Por isso, aqui fica o meu até breve Butch Cassidy!!
Carpe Diem.

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Musica Indie - The Fiery Furnaces

Como ando na onda de mostrar musica Indie e diferente neste espaço aqui fica mais uma... são os The Fiery Furnaces com a musica "Tropical Iceland".

Um videoclip que é uma obra prima de psicadelismo movido a drogas e uma musica contagiante e muito 60´s.

Carpe Diem.

 
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Para Mentes Apaixonadas

Uma musica para ouvir com paixão... o meu mais recente vicio, Joan As Police Woman com a musica "To be Loved".

Carpe Diem.

 
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A razão de ser dos Moloko

A provar que existe vida depois dos Moloko aqui fica o videoclip de Roisin Murphy para a musica "You Know Me Better".

Depois do Optimus Alive ela regressa a Portugal dia 30 de Outubro no Coliseu dos Recreios para pôr toda a malta a dançar.

Carpe Diem.

 
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Se Isto é um Homem...
Esta Sexta tive o prazer de assistir à mais recente peça de teatro dessa grande actriz do futuro (e do presente) português que é Beatriz Batarda (na foto). Trata-se da adaptação da peça do dramaturgo e encenador alemão Manfred Karge, escrita em 1982, com o nome "De Homem para Homem".

A história é inspirada num caso real, que atravessa 50 anos da História da Alemanha, através dos olhos de uma mulher (Ella Gerricke), de origem humilde que não consegue arranjar emprego e casa com um homem mais velho para poder ter um tecto e o que comer. O que Ella não sabe é que o marido está a morrer de cancro e, por isso, terá de sobreviver sozinha, perdendo a sua identidade e a sua própria dignidade aos poucos.

A peça tem o formato de monólogo poderoso, em formato de conto, sobre uma mulher que procura sobreviver, no entanto, as escolhas que faz ao longo da Vida tornam-na um fracasso (como pessoa, como ser humano e como Mulher). Em 90 minutos, assistimos a uma actriz transfigurar-se em 26 quadros/histórias que fazem pensar, sorrir, reflectir, arrepiar... são histórias da força de uma mulher que, para sobreviver num Mundo dominado pelo homem, tem de se refugiar na aparência e, porque não, no teatro da vida. São histórias, sentimentos, canções...tudo serve para mostrar o que Ella pensa e sente num palco minimal, com uma espécie de mão que o percorre e "esconde" as suas diferentes personalidades.

Apenas tenho uma palavra para denominar a actuação de Beatriz Batarda: sublime!! Para quem tem acompanhado a sua carreira em teatro ou cinema sabe do que ela é capaz, contudo, impressiona a facilidade com que ela encarna as diferentes facetas (e tempos) de Ella enredando-nos num ritmo hipnótico e maravilhoso. Como dizia o critico do suplemento Y do Público esta semana, um dia posso dizer com orgulho que estive nesta peça e voltei a confirmar (se preciso fosse) uma actriz que ainda vai mostrar muito ao País.

Deixo-vos um pequeno excerto de um texto escrito pelo encenador da peça (Carlos Aladro) e pela própria actriz:

"Alguém disse que o teatro é arte política. É verdade que o é, no sentido mais clássico do termo. O teatro é espaço de encontro onde os cidadãos são confrontados com os seus medos e os seus sonhos. É um espelho que nos põe em questão, que nos proporciona um momento mágico e lúdico onde podemos reflectir sobre a nossa condição humana através da imaginação. O teatro tenta ajudar-nos a pensar com o coração nas mãos e a vencer as nossas ansiedades para que possamos recuperar a confiança na nossa capacidade de construir o sonho".

A peça está no Teatro da Cornucópia (Bairro Alto) até ao dia 05 de Outubro, de Terça a Sábado às 21:30 e Domingos às 16:30.

Carpe Diem.

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O Sentimento de um Mestre

Porque um mestre é um mestre e porque hoje me sinto assim, aqui fica mais um video...desta feita o final de "Tristão e Isolda" de Wagner pelo grande Bernstein.

Carpe Diem.

 
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Um Prelúdio Apaixonado

Hoje sinto-me assim...queria arrebatar ou ser arrebatado, pelo menos fico-me pela beleza de um prelúdio.

Trata-se do prelúdio de "Tristão e Isolda" de Wagner, dirigido por Daniel Barenboim e encenado por Patrice Chereau.

Simplesmente belo e sublime.

Carpe Diem.

 
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Emoções Familiares
Uma pessoa dá-se conta que a época dos blockbusters passou, quando começam a aparecer filmes que mexem com quem vê e dão oportunidade aos actores de brilharem e mostrarem do que são capazes. Hoje tive o prazer de assistir a um dos melhores filmes de 2008 (até ao momento, claro), o "Antes que o Diabo saiba que Morreste", realizado por Sidney Lumet.
Trata-se de um drama familiar onde 2 irmãos, com problemas de dinheiro, resolvem assaltar uma joalharia, mas o pequeno detalhe é que esta pertence aos seus pais... como estes têm seguro tudo correria bem se... mais não digo, contudo, nada corre bem e assistimos, durante quase 2 horas, ao desmoronar de uma familia.
A familia é composta por um pai, Charles (o sempre excelente Albert Finney), e 3 filhos, sendo dado relevância aos 2 irmãos, Andy (Philip Seymour Hoffman, num registo de violência interior reprimida) e Hank (Ethan Hawke, como um cobarde necessitado e incapaz de procurar os seus sonhos), e à mulher do primeiro, Gina (Marisa Tomei), e amante do segundo. O caso de infidelidade entre irmãos é apenas a ponta do iceberg de um filme composto por flashbacks do que se passou antes do assalto e momentos pós assalto.
Ao contrário do que se poderia supôr, os flashbacks não servem para nos contar o que se passou, isso é logo despachado no inicio do filme, mas sim para aprofundar o carácter (ou a falta dele) de cada uma das 3 personagens principais (Charles, Andy e Hank). São homens em queda, pessoas perdidas que vivem de aparências (Andy), românticos sem capacidade de singrar na Vida (Hank) e incapazes de expressar sentimentos (Charles).
Em minha opinião, o filme tem 3 grandes momentos (entre muitos outros): o desabafo no jardim entre Charles e Andy, terminando de forma brutal; o momento subliminar onde Andy deixa cair, sobre uma mesa de apoio, as pedras que a enfeitavam, demonstrando que nem tudo pode parecer perfeito quando nada o é; e a sequência final onde o sacrificio/vingança de um pai é servido a frio.
Impressiona ver um realizador com 80 anos a fazer um filme desta intensidade, conseguindo puxar de cada actor performances intensas e plenamente conseguidas. Até Marisa Tomei tem aqui um papel contido, mas intenso, incluindo uma das cenas sexuais mais fortes do cinema comercial americano que abre o filme.
Quando o filme termina ficamos como se nos dessem um murro no estômago, porque não há finais felizes e muito menos para esta familia... mas, no fundo, a Vida não é assim? Um filme a não perder, esperando que consiga chegar aos Óscares, pelo menos, no que respeita aos seus actores.
Carpe Diem.
PS: Não podia deixar de referir aqui o mais recente cartaz do filme português "Aquele Querido Mês de Agosto" (ainda não vi, mas está nos meus planos para breve) com a seguinte frase: "10.000 pessoas já viram Aquele Querido Mês de Agosto. Mamma Miaaaaaa!!!!" Lindo :)

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Aviso Cultural

Uma das melhores actrizes nacionais, se não a melhor da sua geração, inicia hoje no Teatro da Cornucópia (Bairro Alto) a apresentação da peça "De Homem para Homem" de Manfred Karge.
Trata-se de um monólogo sobre uma mulher, ao longo de 50 anos, percorrendo igualmente a história da Alemanha dos anos 30 ao inicio dos anos 80. Ella é uma mulher que não consegue arranjar emprego e se casa com um homem mais velho e doente para ter casa e comida. Quando descobre que o marido tem cancro, decide fazer-se passar por ele para não perder o emprego. A história promete principalmente pela actriz que intrepreta Ella.
Não percam este tour de force de Beatriz Batarda que estará em cena de 11 Setembro a 05 de Outubro... eu depois comento as impressões que a peça me deixou, até lá,
Carpe Diem.

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MoteLX Parte 2 - Rescaldo de um Festival
O MoteLX (Festival de Cinema de Terror de Lisboa) voltou a realizar-se este ano, na sua segunda edição, entre os dias 03 e 07 Setembro e, tal como na edição do ano passado, fui assistir a 2 filmes que coincidiram com as sessões de abertura e encerramento do evento.
Antes de falar dos filmes em si, quero comentar um pouco o ambiente... é engraçado como um (ainda?) pequeno festival de terror consegue agregar tanta gente e encher o S. Jorge com pessoas das mais variadas "tribos" e cultura. Está a tornar-se um fenómeno de culto e um pequeno Fantas para quem está a 300 Kms desse grande evento nacional (ainda que o Indie Lisboa, para mim, lhe seja muito superior pela temática).
O que eu nunca consigo entender são aquelas pessoas que vão a filmes de terror e depois, como não aguentam, saem a meio criticando o que viram... porque será que esta gente não lê o argumento antes de comprar o bilhete??
O primeiro filme que vi foi o "Doomsday" (está prevista a estreia comercial, em Portugal, para 25 Setembro, com o titulo de "Juízo Final"), realizado por Neil Marshall. Tive a oportunidade de ver em cinema o filme anterior deste realizador (o soberbo "The Descent"), sendo que tinha muita expectativa sobre este filme...
Não se trata de um filme mau de todo, ao relatar o surto de uma epidemia na Escócia que faz com que esta fique isolada do resto do Mundo, contudo, existem pessoas que foram abandonadas do lado da contaminação e conseguiram sobreviver... a busca por uma cura do virus leva o governo inglês a enviar uma força chefiada por Eden (a bela Rhona Mitra) para a obter. O filme mistura demasiados generos cinematográficos, com piscadelas de olho aos filmes "Mad Max", a Carpenter, aos filmes de canibais e medievais/futuristas, numa imensa salada inconsequente e divertindo a espaços. A ideia do filme era boa, mas a concretização deixou muito a desejar.

O outro filme que vi tem por nome "Teeth" e retrata a história de Dawn (Jess Weixler), uma estudante de liceu, nos alvores da sexualidade, que pertence a um grupo de castidade da sua localidade. Contudo, Dawn tem uma particularidade diferente de todas as outras mulheres, quando é alvo de violência fisica a sua vagina apresenta dentes.
Sim, leram bem, é uma "vagina dentata" e literalmente corta o mal em 2... o filme tem momentos surpreendentemente divertidos e outros dolorosos para os homens em particular, digamos que não é belo ver um rottweiller comer o que a dita "dentata" deixa no chão :) Foi um filme surpreendente no sentido de que, com uma alegoria consegue falar de assuntos importantes como a descoberta da sexualidade, a violação, o ridiculo que por vezes se tornam os grupos de castidade americanos, a hipocrisia dos adultos e a falsa inocência do jovens.
Recomendo vivamente este filme, caso estreie comercialmente, porque além de divertido faz pensar um pouco... se formos a reflectir, o cinema de terror não é mais do que metáforas dos medos actuais da sociedade.
Mais um bom festival em Lisboa e venham agora os próximos, eu estarei a comentar (espero) a Festa do Cinema Francês, que decorrerá entre os dias 02 e 12 de Outubro no S. Jorge.
Carpe Diem.

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A Poesia da Pintura em imagens
O ciclo de cinema "Os Melhores Filmes de 2007", que esteve patente no Nimas, permitiu-me visionar algumas películas que, por uma razão ou outra, deixei passar aquando da exibição comercial. Um dos melhores que por lá vi foi o "A Ronda da Noite", realizado por Peter Greenway (talvez o seu filme mais comercial, apesar de ser fã do filme "The Pillow Book").
O filme retrata parte da história do pintor Rembrandt, nomeadamente quando este pintou o quadro "A Ronda da Noite" bem como a sua relação com as mulheres que o rodeiam. Tenho de confessar que, a pintura flamenca, não me alicia mas... o tratamento dado ao pintor e, sobretudo, o modo de filmar de Greenway sublima tudo.
Torna-se interessante ver como nasce uma obra-prima e, ao mesmo tempo, apresentar essa história como se de uma pintura teatral se tratasse... pode parecer estranho o termo utilizado, mas este filme estiliza a obra de Rembrandt de tal forma como se de um quadro flamenco se tratasse, sem ter medo de mostrar a artificialidade do teatro ao mesmo tempo. Este último facto torna-se ainda mais curioso e interessante, quando sabemos que Rembrandt gostava de colocar pessoas a representar outras, tendo em vista pintar uma ideia (nem sempre agradável) destas últimas.
Um grande filme de poesia em movimento, feito de sombras e tons escuros a predominar... um filme onde o artificial combina com o real para formar um todo ainda mais coerente. Tenho de destacar aqui o actor principal deste filme, Martin Freeman (Rembrandt), um dos grandes cómicos dessa pérola do humor que foi o "The Office" inglês, da autoria de Ricky Gervais.
Deixem-se levar pela paixão, pelo delirio e pelo sonho de um homem que só queria amar mulheres e fazer juz à vitima de um crime, mas com medo de perder o seu olhar na escuridão intensa do desconhecido.
Carpe Diem.

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