NoFitState no Norfolk e Norwich Festival

Para ficarem com uma pequena ideia do que esta companhia é capaz. Atenção que este video é de um espectáculo de rua e, ligeiramente, diferente de uma tenda, contudo a magia está aqui toda.

Carpe Diem.

 
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Magia e Sensualidade

Esta semana tive o imenso prazer de conhecer (em vários sentidos) uma companhia de Novo Circo de nome, "NoFitState", que se encontra em Portugal a apresentar o espectáculo "Tabú" no CCB até dia 31 Agosto.
Digo que conheci em vários sentidos porque, graças à revista Time Out, pude fazer um workshop de circo e conhecer alguns dos performers antes do show. Experimentei hula-hoops (confesso que não tenho jeito nenhum para eles), cordas suspensas do tecto como se fosse um baloiço (o melhor que experiementei e com uma sensação de liberdade imensa), german wheel (apenas andei no meio dela e aprendi como dar velocidade) e malabarismos em cordas (este passei porque já sabia que nada faria).
O que dizer desta experiência? Antes de mais registo a extrema simpatia e humildade dos performers deste circo, sempre disponiveis para ajudar e para uma conversa solta... depois todas as experiências foram enriquecedoras e divertidas, permitindo conhecer um pouco dos bastidores de um grande espectáculo.

Mas a oferta Time Out não terminou aqui, tive a oportunidade de assistir ao show "Tabú" nessa mesma noite e devo-vos dizer que, esta companhia consegue transformar uma tenda de circo numa completa anarquia e alegria de viver. Já assisti a 2 espectáculos do Cirque du Soleil e devo dizer que este é bastante superior.
Não são mais animados que o Cirque, não se pintam, não existe aparato cénico... contudo, o facto do próprio público fazer parte do espectáculo (ficamos em pé, rodando pela tenda durante o espectáculo todo), a emoção dos artistas, o gozo com que os artistas fazem os seus números, a fidelidade ao espectáculo, a loucura que parece descontrolada mas totalmente sob control, a poesia da dança e dos malabarismos e, acima de tudo, a simplicidade do acto de entreter mesmo que banhado em suor.
Recomendo vivamente a vossa visita a este espectáculo da companhia inglesa NoFitState e descubram-nos. Eu fiquei, particularmente, agradecido aos performers Adie Delany (Amaranta), Simone Riccio (Pietro Crespi) e Kevin Mcintosh (Arcadio).
Fiquem com esta declaração constante do programa do espectáculo:
"Fear is the most widespread, undetected, un-acknowledged of taboos. It is only when a person with no fear appears in our life that we can go back to living".
Subscrevo e assino,
Carpe Diem.


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A Grande Vanessa
Tinha de prestar aqui a minha sincera homenagem a uma grande atleta e uma grande Mulher que, com imensa garra e força conseguiu trazer para Portugal a medalha de prata numa modalidade intensa como é o Triatlo... falo, obviamente, de Vanessa Fernandes.
A atleta de 22 anos traduziu, esta madrugada, o seu poderio na modalidade, ao longo do ano, apenas sendo batida pela australiana Emma Snowsill. Este resultado não desmerece em nada o esforço desta Mulher de garra que tanto orgulha Portugal.
Não posso deixar passar as suas palavras, retiradas do jornal Público, sobre os atletas portugueses em Pequim e a falta de de esforço destes:

- “Acho que muitos atletas não têm bem a noção da realidade e do que isto [Jogos Olímpicos] significa. Se calhar têm facilidades a mais. Nunca na vida vinha para aqui viajar e ver os Jogos".

- “Um atleta de alta competição tem de ter objectivos concretos, pessoas em quem confiar a 100 por cento e nunca fazer as coisas só por ele, ter uma boa equipa. Tem de saber o que quer, onde está e o que significa a alta competição. A alta competição não é uma brincadeira, não é fazer meia dúzia de provas, andar a receber uma bolsa e está feito. Isto é como um trabalho”.
- “Temos muito talentos, na natação e no atletismo. O Tiago Venâncio, para mim, podia nadar muito, podia ser um grande atleta, mas não há uma estrutura fixa nesses sectores, é tudo feito um bocado à balda"
- “São pessoas de trabalho (Naide Gomes e Nélson Évora). A Naide gosta de trabalhar e vai até ao limite, o Nélson também. Nota-se logo mal se fala com as pessoas e o que eles têm feito demonstram isso.”
- “Há pessoas que vêm aqui e é-lhes igual ficar em 50 ou 20.º, mas cada um faz o que pode no momento”, explicando que a presença nos Jogos Olímpicos não pode ser vista como um fim, mas sim como um início: “Eu não penso assim. Para mim são os resultados que me dão ambição e nunca estou satisfeita. Para ficar satisfeita com alguma coisa é um bocado complicado.”
Está tudo dito quanto a mim... uma grande Mulher com "M" grande.
Carpe Diem.

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Festival de Terror
Pelo segundo ano, o MoteLX - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa realizar-se-á nos Cinemas São Jorge de 03 a 07 Setembro, com a venda de bilhetes a iniciar-se a 25 Agosto (3,5 € por sessão).
Tive o prazer de estar presente na primeira edição onde, o principal destaque, esteve na exibição da série de TV "Masters of Horror" em estreia absoluta em Portugal (para quando a passagem num canal televisivo?).
Como fã do cinema de terror fiquei expectante com esta 2ª edição e, pelo que já pude verificar no site oficial (www.motelx.org) existem, pelo menos, 2 filmes que pretendo ver: "Doomsday" de Neil Marshall (03 Setembro às 21:45) e "Teeth" (07 Setembro às 21:45), respectivamente as sessões de abertura e encerramento.
Pelo menos o segundo filme promete muito, através da historia de uma liceal a desabrochar para a sexualidade que faz parte do grupo de castidade local, contudo, a sua vagina não é igual às outras... esta tem dentes!!Imagino que seja delirante e um terror para qualquer homem :)
Já o primeiro deve ser um mix de filme de terror com "Mad Max", como adorei um filme do mesmo realizador que estreou em sala ("A Descida"), estou muito curioso quanto a este.
De qualquer modo, para os fãs do cinema de terror que não têm a sorte de um Fantasporto, toca a ir ao S. Jorge aproveitar este pequeno milagre.
Carpe Diem.

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Amor Robótico
Os filmes de animação da Pixar são sempre um assombro e a mais recente novidade destes estúdios, de nome "Wall-E" é, quanto a mim, a sua maior obra prima até ao momento... trata-se de um filme que nos deixa boquiabertos, por um lado com a inovação tecnológica da animação por computador e por outro a forma como os seus autores (Andrew Stanton, o mesmo de "À Procura de Nemo") conseguem transmitir tantas emoções com escasso diálogo (trata-se de um filme quase mudo) e personagens não anamórficas (robots, na sua maioria).
O filme retrata a história de um robot (Wall-E) que se dedica à compactação e limpeza de lixo numa Terra abandonada e hiper poluída, tendo uma barata como animal de estimação e sendo viciado num trecho musical do filme "Hello Dolly"... confusos? E se juntarmos a isto uma robot/sonda feminina (Eve) que desce à Terra em busca de espécimes vegetais e dá de caras com o nosso heroi e por ai começa uma bela história de amor? Será graças a Eve que Wall-E deixa o seu trabalho e vai em busca do seu futuro.
É um filme de ficção cientifica complexo, apaixonante, emocionante e, acima de tudo, simples na sua premissa base... tem momentos delirantes (todas as perseguições dentro da nave espacial), momentos deliciosos (o toque de "mãos" entre Wall-E e Eve ou o vôo em pleno espaço entre os dois num bailado maravilhoso). O que mais impressiona neste filme é o facto de, com 2 robots, sem grandes formas de expressão conseguimos sentir tanto e submergimos completamente naquele mundo.
Tenho ainda de realçar uma personagem delirante que é o pequeno robot de limpeza, graças a ele dei umas belas risadas e acaba por dar, igualmente, uma grande lição ao abandonar o seu caminho de sempre em prossecução dos seus objectivos.
Depois é também, mas não só, um filme ecologista... não doentiamente ecologista mas, dentro da sua subtileza, consegue ser politicamente incorrecto e fazer pensar num futuro que pode não estar assim tão distante quanto isso, onde os humanos não andam sob 2 pernas e vêm, literalmente, com um ecrán no rosto.
Um filme que recomendo apaixonadamente!! Como não podia deixar de ser num filme Pixar, existe uma curta metragem a anteceder o filme, de nome "Presto", trata-se de uma delirante aventura entre um mágico e o seu coelho que se recusa a sair da cartola porque tem fome, imperdível!!! Como diria Eve, "Wall...EEEE" :)
Carpe Diem.

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Meninas ponham-se na fila para o WC

Uma musica louca, veraneante, contagiante e que se baseia tão somente numa linha repetida à exaustão "all the girls in the line to the bathroom".

São os N.E.R.D. e aqui fica mais uma musica para banda sonora deste Verão que não está tão quente quanto isso.

Carpe Diem.

 
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Hipnoticamente magnetizante

Na falta de videoclip aqui fica uma montagem com musica em fundo daquela que é,actualmente, o meu vicio... "Past Mistake" de Tricky. Simplesmente narcótica e hipnotizante.

Fechem os olhos e deixem-se levar...

Carpe Diem.

 
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Ciclo de Cinema
No post anterior referi o ciclo de cinema da Medeia, a decorrer no Nimas (Lisboa) e Teatro do Campo Alegre (Porto) com os melhores filmes estreados por esta empresa entre Junho 2007 e Julho 2008.
Em Lisboa, o evento decorre de 26 Junho a 03 de Setembro e eu ainda espero ver/rever os seguintes:
- Duas Irmãs, Um Rei (Domingo, 17 Agosto)
- Juno (Segunda, 18 Agosto)
- O Capacete Dourado (Sexta, 22 Agosto)
- Luz Silenciosa (Sábado, 23 Agosto)
- Caramel (Terça, 26 Agosto)
- O Segredo de um Cuzcuz (Quarta e Quinta, 27 e 28 Agosto)
- Irina Palm (Sábado, 30 Agosto)
- A Ronda da Noite (Segunda, 01 Setembro)
Para quem não tem cartão Medeia (parolos!!), o preço do bilhete fica em 3,5 €... espero encontrar-vos por lá!!
Carpe Diem.

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Um homem em busca de si

Tenho de agradecer, antes de mais, ao ciclo de cinema de retrospectiva 2008 dos cinemas Medeia, a decorrer no cinema Nimas, por poder apreciar o filme "Michael Clayton" que me tinha escapado na devida altura do seu lançamento comercial.
E que filme fabuloso ele é!! Tem grandes actores dentro como George Clooney (o filme é quase todo dele), Tom Wilkinson, Tilda Swinton (vencedora do Óscar de Melhor Actriz Secundária por este filme) e Sydney Pollack (num dos últimos papeis da sua carreira), um argumento limado na perfeição e uma realização segura e seca de Tony Gilroy (argumentista dos filmes Bourne).
O filme retrata o poder das grandes corporações, neste caso uma grande firma de advogados, e a forma que estas têm de ajustar a realidade aos seus interesses. Esse é o papel do personagem principal, Michael Clayton (Clooney), um homem com o curso de advogado mas que se limita a fazer com que as coisas corram certo para a firma... um "homem de limpeza" amargurado por não poder ser aquilo que sonhou.
A trama do filme gira em torno de um dos sócios da empresa, Arthur (Tom Wilkinson), que fica louco durante um caso que envolve um produto cancerígeno e o modo como as diferentes partes interessadas irão reagir para dar a volta à situação, com particular destaque para a personagem de Karen (Tilda Swinton), assombrosa na sua meticulosidade e contradição.
Contudo, grande parte do filme pertence mesmo a Clooney com o seu "homem de limpeza" torturado e ambivalente que, apesar de conseguir dar a volta por cima, ainda sente não ter o futuro à sua mercê como o demonstra o momento final no táxi à deriva (tal como a personagem?).
Tenho de destacar um momento de extraordinária beleza num filme seco, quando Michael Clayton pára o carro numa estrada para poder apreciar de perto 3 cavalos numa encosta... é um momento de calma, reflexão, encantamento e submissão de um homem à beleza da Natureza.
O filme já está em DVD e aconselho vivamente a verem-no, principalmente se sempre foram fãs dos filmes de Sydney Lumet ou, pura e simplesmente, de conspirações.
Carpe Diem.

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Homenagem
Gostava realmente de entender o que se passa hoje em dia que as chamadas "pessoas célebres" morrem aos pares e de formas completamente "estupidas"... desta vez não foram 2 realizadores de cinema mas um cantor/actor (Isaac Hayes) e um actor (Bernie Mac).


Primeiro foi este senhor, Isaac Hayes, nome influente do "disco sound" nos anos 70, nomeadamente com a musica título da série de filmes "Shaft".


Também foi actor, tornando-se fenómeno de culto, para a geração dos anos 90, quando deu voz ao famoso Chef da série de animação "South Park".


Faleceu aos 65 anos de causa desconhecida, tendo sido encontrado pela sua esposa caido em casa...


A outra morte de ontem foi o actor Bernie Mac, com 50 anos, vitima de complicações de uma pneumonia. O actor encontrava-se hospitalizado desde o ínicio deste mês e o seu estado de saúde, segundo a sua representante, era estável...
Os seus mais recentes papeis ocorreram nos filmes dos "Anjos de Charlie", "Ocean´s 11/12/13" e "Transformers". Tratava-se de um actor cómico e polifacetado, sendo escolhido como secundário em diversos filmes.
Parece que se segue (após o acidente, sem gravidade no final, de Morgan Freeman) o actor Paul Newman que tem algumas semanas de vida e já pediu para morrer em casa...
O melhor mesmo é viver a Vida ao máximo porque tanto faz sermos "in", "fashion", "conhecidos", "novos" ou "velhos" que a Senhora Morte não faz distinção.
Carpe Diem.

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Jazz surpreendente!!
No âmbito da iniciativa Jazz em Agosto da Fundação Calouste Gulbenkian tive o prazer de assistir ontem a um concerto, no mínimo, diferente do quinteto de Sylvie Courvoisier Lonelyville (foto à esquerda).
Antes de mais, quero salientar todo o ambiente do espaço já que o concerto decorreu no anfiteatro ao ar livre dos jardins da Gulbenkian, com as árvores a rodearem o palco criando um momento onírico e especial.
O que torna diferente esta musica? Entre outras coisas o facto do quinteto ter nas suas fileiras um violino e um laptop... ao inicio, é estranho porque se trata de uma mistura entre musica clássica, electrónica e jazz num processo de fusão que, ao contrário do que possam pensar, flui muito extraordináriamente bem.
Depois, a própria Sylvie toca piano de forma diferente com o uso das cordas interiores, a repetição de teclas, o uso do cotovelo nas teclas... tudo isto torna a sua musica ainda mais estranha e éterea... foram 90 minutos de extase, descoberta, espanto e magia!!
Tenho ainda de salientar os restantes menbros do quintento: Mark Feldman no violino (simplesmente assombroso), Vicent Courtois no violoncelo, Ikue Mori no laptop (nunca imaginei que sons vindos de um PC poderiam integrar-se tão bem numa estrutura de jazz tradicional) e Gerald Cleaver na bateria (fazendo sons com tudo o que se possa imaginar, estupendo).
O Jazz em Agosto termina hoje com os concertos de Fritz Hauser (Auditório 2 às 15:30), Pascal Content e Barre Phillips (Auditório 2 às 18:30) e Peter Brotzmann Chicago Tentet (Anfiteatro ao Ar Livre às 21:30), vão até lá!!
Carpe Diem.

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Ainda vale a pena acreditar?
O regresso da série Ficheiros Secretos, em formato de filme, 10 anos após o primeiro filme e 6 após a 9ª e ultima temporada fez-me questionar da sua necessidade... é certo que fui e ainda sou um grande fã da série, contudo, as últimas temporadas (sensivelmente desde a 7ª) foram degradantes e sem sentido com um season finale, no minimo, ridiculo.
O filme que agora se estreia em Portugal, com o subtitulo "I Want to Believe", não pega na mitologia da série como acontecia na sua primeira ida ao cinema (com a grande novidade de que os extraterrestres eram os habitantes iniciais da Terra e nós humanos é que fomos os invasores), tratando-se de um caso isolado que mistura um ex-padre pedófilo com visões, médicos russos integrados no tráfico de orgãos e transplantes sobrenaturais.
Tal como no primeiro filme, o argumento deixa muito a desejar (escrito pelo criador da série Chris Carter que também realiza e por um habituée da série, Frank Spottnitz), tendo em conta as expectativas que se criam... neste caso, as minhas expectativas eram nulas e, contudo, o argumento é demasiado fraco para sustentar um filme de 100 minutos.
Mas nem tudo é fraco no filme, é possivel retirar imenso prazer ao rever as personagens de Mulder e Scully (com as mesmas características, apesar de tudo que viram e ouviram) que mantém a mesma quimica, rever a personagem de Skinner, revisitar o FBI numa sequência hilariante sem diálogo mas com movimentos faciais que tudo dizem acerca de 2 retratos "sui generis", encontrar o refugio de Mulder que é tão, ou mais, caótico que a sua cave do FBI dedicada ao paranormal.
Para os fãs de sempre vão ao cinema rever os Ficheiros Secretos e deixem-se embalar pela nostalgia (apesar da lamechice, a espaços, que se encontrava afastada na série), mas no que respeita a quem não conhece a série, aconselho antes a compra, pelo menos, dos 5 primeiros packs (em promoção por 19,95€ cada em qualquer loja) e descubram o que fez esta série um objecto de culto, que conseguiu não envelhecer.
Carpe Diem.

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Psicologia de pacote
Por vezes descobrem-se coisas engraçadas na TV quando não existe nada mais interessante para fazer e um dos meus locais preferidos para descobrir pequenas pérolas é a SIC Radical (em conjunto com o canal FX). Desta vez descobri uma rubrica chamada "Red Zone" onde passa um documentário da HBO sobre uma casa de alterne (vulgo casa de putas) americana muito conceituada (cada hora pode ir aos 2/3 mil dólares) chamada Bunny Ranch.
Trata-se de um documentário/série em 11 episódios, onde descobrimos o dia a dia dessa casa e das suas ocupantes... além delas temos Madamme Suzette (co-proprietária e criadora das regras e da gestão do local) e Dennis Hof (o dono do rancho e o chulo fino que vai com todas as mulheres).
O curioso desta serie é a forma decadente como se gere um espaço destes, tentando demonstrar que as pessoas se divertem ao fazer o que fazem (no próprio rancho há sempre um dia do chá), que ninguém faz o que não quer, que todas as raparigas "amam" Dennis e o tratam por "paizinho", que todas se dão bem entre si quando as rivalidades são bem acesas e no que toca a dinheiro podem ser bem baixas.
Depois há aqueles casos de mulheres que não conseguem largar o seu "trabalho" (como a Airforce Amy) e tornam-se ridiculas, as mulheres que adoram ser chamadas de putas, aquelas que contam à mãe que querem entrar no Rancho e estas apoiam-nas, a menina rica que quer ser puta para manter a vida que tem mas que se recusa a fazer sexo oral porque não gosta, as vendas que se fazem dentro do Rancho para "actualizar" as meninas... enfim, uma parafernália de ideias, intenções, sentimentos que por umas vezes parece desculpabilizar um espaço daqueles mas, por outras, o torna mais humano e ridiculariza as suas habitantes.
Para mim, o mais curioso é sempre o discurso do dono, Dennis Hof, profundamente machista, protector, interessado em que as raparigas se divirtam para, principalmente, o divertirem a ele...sempre com o olhar no lucro e desculpando-se com o bom ambiente e a motivação de trabalhar num espaço conceituado como aquele...o ridiculo do homem macho americano com o sonho realizado de ter varias mulheres à disposição.
Um trabalho destes só podia ser fruto de uma das melhores cadeias de televisão americanas, a HBO, e merece ser visto quanto mais não seja para tentar entender (o que quase nunca se consegue) o porquê destas raparigas fazerem o que fazem... ao contrário do que possam pensar, nem todas o fazem pelo dinheiro.
Espreitem e tirem as vossas conclusões... há momentos explicitos mas sem serem pornográficos e não é isso que dá valor a um estudo comportamental como esta série.
Carpe Diem.

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