Series de Culto no Cinema

Aqueles que pensavam que a série de culto "O Sexo e a Cidade" tinha terminado no episódio 74, alegrem-se porque Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda estão de volta... não será no pequeno ecrán mas sim no cinema... é caso para dizer que o Mister Big vai mesmo ficar grande desta vez :)
Pode-se dizer que se tratou da primeira grande série de culto da Tv actual e que impulsionou a HBO para um nível de qualidade que continua a surpreender (veja-se a série Big Love ou o final dos Sopranos) e só espero que um filme do "Sexo e a Cidade" seja tão sarcástico, delicioso, forte e combativo como sempre foram os seus episódios... claro está sem esquecer a linguagem forte e o dizer mal dos homens.
Tenho o prazer de ter uma irmã viciada nesta série, contudo também eu sou fã destas senhoras pelo facto de se tratar de uma série inteligente, divertida e que nos faz (a nós homens) entender um pouco mais desse grande mistério que é a Mulher.
Quando estrear o filme, deixem-se levar por NYC com as 4 "malucas" num filme que irá falar, certamente, de relacionamentos.
Carpe Diem.

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Porque ainda acredito em "Anjos"
Tenho aqui de frisar, antes de mais, que não sou fã do senhor que canta esta musica (Robbie Williams), mas adoro a letra que se chama "Angels":
I sit and wait
Does an angel contemplate my face
And do they know
The places where we go
When we’re gray and old
’cause I've been told
That salvation lets their wings unfold
So when I’m lying in my bed
Thoughts running through my head
And I feel the love is dead
I’m loving angels instead
And through it all she offers me protection
A lot of love and affection
Whether I’m right or wrong
And down the waterfall
Wherever it may take me
I know that life won’t break me
When I come to call she won’t forsake me
I’m loving angels instead
When I’m feeling weak
And my pain walks down a one way street
I look above
And I know I’ll always be blessed with love
And as the feeling grows
She breathes flesh to my bones
And when love is dead
I’m loving angels instead
And through it all she offers me protection
A lot of love and affection
Whether I’m right or wrong
And down the waterfall
Wherever it may take me
I know that life won’t break me
When I come to call she won’t forsake me
I’m loving angels instead
And through it all she offers me protection
A lot of love and affection
Whether I’m right or wrong
And down the waterfall
Wherever it may take me
I know that life won’t break me
When I come to call she won’t forsake me
I’m loving angels instead
Carpe Diem.

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Um Guia para a Cidade


Depois do imenso sucesso da revista Time Out de Londres eis que surge a respectiva "Time Out Lisboa", cuja primeira edição foi lançada no passado dia 26 Setembro. O projecto foi trazido por um conjunto de "carolas" pertencentes à empresa "Capital da Escrita, Lda.", cujos sócios são os jornalistas Luís Delgado, João Cepeda, João Miguel Tavares e a gestora Cláudia Serra Campos.

A primeira revista Time Out, correspondente a Londres, foi lançada em 1968 por Tony Elliot. Em seguida lançaram guias de viagens, de cinema e outros produtos associados.
O conceito das revistas Time Out, cujas edições principais são as de Londres, Nova Iorque e Chicago, corresponde a uma compilação semanal, quinzenal ou mensal, conforme o país, do roteiro de teatro, cinema, arte, moda e eventos, com artigos jornalísticos e críticas de cada redacção independente.
A edição portuguesa será semanal com um preço de capa de 2 euros... eu comprei e devo dizer que se trata de uma revista muito bem conseguida e que permite descobrir locais na cidade de que nem fazemos ideia. Vale a pena o investimento e, sobretudo, se se interessam por arte em geral e em serem surpreendidos.
A Premiere acaba mas aparece a Time Out, não é bem a mesma coisa (eu ainda acredito que um dia teremos em Portugal uma boa revista de cinema em português), mas acaba por compensar um bocadinho...
Carpe Diem.

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Ideias para um final de tarde
Pelo segundo ano consecutivo, os Jovens Empresários da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, em parceria com o Goethe-Institut, decidiram organizar a tradicional festa bávara da cerveja em Lisboa (oktoberfest), de modo a dar a conhecer e partilhar as tradições alemãs.
A festa decorrerá nos jardins do Goethe-Institut que se situa no Campo dos Mártires da Pátria, nº 37, durante os dias 27 e 28 (das 17:30 às 22 horas) e dia 29 Setembro (das 10:30 às 17 horas)... não se trata apenas de beber cervejas de 1 litro, mas também uma forma de convívio, gastronomia e animação em ambiente bávaro.
Uma referência ainda para o facto deste evento apoiar as Aldeias SOS em Portugal. Trata-se de uma instituição particular de solidariedade social com o objectivo de acolher crianças orfãs, abandonadas ou pertencentes a famílias de risco, proporcionando-lhes um modelo familiar de cuidados a longo prazo, uma familia e um lar, e uma formação sólida para alcançarem uma vida autónoma e a integração plena na sociedade.
No fundo, uma bela iniciativa e uma forma diferente de gozar o final do dia... em vez de pesos e halteres toca a levantar uma caneca de 1 litro de cerveja alemã como se não houvesse amanhã... mais detalhes em: www.oktoberfest-lisboa.com
Carpe Diem.

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Everyman
Confesso, antes de mais, que sempre tive curiosidade em ler uma obra de Philip Roth, tendo aproveitado o seu último livro que se reproduz aqui à esquerda para verificar se o "hype" não era exagerado.
A ideia de ler um livro sobre a morte e o envelhecimento do corpo pode parecer mórbida ou pouco interessante, contudo, desengane-se quem assim pensa, porque Roth escreve maravilhosamente bem, com uma pungência que nos atordoa e uma poesia que nos deixa enlevados e suspensos no éter.
Trata-se da história de um homem (o "Everyman" do título original e, porque não, qualquer Homem?) que se tornou naquilo que nunca quis ser. Ao longo dos seus últimos momentos de Vida recorda o passado, chegando à conclusão que tomou sempre, ou quase sempre, as opções erradas sem nunca conseguir explicar o porquê de as ter tomado ou de ter afastado quem o amava.
Não será a Vida isso mesmo? Um conjunto de opções que se tomam sem que saibamos onde nos leva, existindo mesmo aquelas que se tomam sem consciência, apenas porque apetece, por capricho?
É um livro curto (179 páginas - Edição Dom Quixote), escrito de uma forma seca mas irónica e certeira, tornando-se viciante no acompanhar dos ultimos passos deste "Everyman", rumo ao seu destino final. Um homem que se casou 3 vezes, tendo 2 filhos que o odeiam, um irmão que o ama e uma filha que o apoia incondicionalmente... contudo, a nossa personagem não é simples, não é totalmente bom (existe alguém totalmente bom?), tem imensas gradações de cinzento e alturas em que consegue ser terrivel.
O que mais custa neste livro é assistir à degradação do corpo, ao facto de se querer fazer algo e não poder porque já não se é novo... sentir que todos os amigos estão doentes ou a morrer e recordar um passado que se torna ainda mais doloroso, porque irrepetível. Encontramos ironia quando a personagem principal diz para a sua terceira esposa, antes de uma operação e na resposta à pergunta desta "o que será de mim?": "... Uma coisa de cada vez - disse-lhe - Primeiro deixa-me morrer. Depois eu volto para te dar ânimo..."
O personagem principal tem um lema de Vida bem realista, diz ele: "... Não podemos refazer a realidade. Temos de aceitá-la como ela vem. Aguentar firme e aceitá-la como ela vem..." Quantos de nós o fazemos? O mais dificil não é optar por um caminho, mas sim aceitar as consequências do mesmo.
A revolta da dor, a ideia de que a Vida é apenas uma passagem e que o destino final é a Morte, depois dela o que existe? Qual a finalidade de estarmos aqui? Porque complicamos a Vida quando ela é tão curta? Nada disto é respondido neste livro, contudo, é indispensável para quem ama a literatura e não tem medo de enfrentar esses Papões chamados Velhice e Morte.
"... Deixou de existir, liberto do ser, entrando no nada sem sequer saber. Como desde sempre tinha receado..."
Carpe Diem.

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Despedida em Silêncio

Morreu ontem, em Paris, o mimo Marcel Marceau (de seu verdadeiro nome Marcel Mangel) com 84 anos e de causa não especificada...
Não foi o único mimo da história, contudo, foi aquele que me ensinou que o silêncio pode ser mais expressivo que muitas palavras. Foi ele que me fez rir, chorar, sentir, olhar e apreciar o momento... ver o que é possivel fazer com as mãos, com o olhar, com o corpo.... demonstrar que os sentimentos são muito mais que palavras... os sentimentos são gestos, são olhares e são movimentos.
Não podia deixar passar aqui uma homenagem a este Homem que disse um dia: "... Os mimos, tal como os músicos, não conhecem nem fronteiras nem nacionalidades..." e por isso eu me despeço em silêncio e com um "Au Revoir et Merci Marcel".
Carpe Diem.

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Sugestões
Sugestão 1:
Os Amigos são para as ocasiões e, como tal, aqui estou a sugerir a quem visita este estaminé, a conhecer o trabalho e o atelier da Ana Oliveira e Costa, uma amiga recente que tem muita qualidade e que pode surpreender quem a visita... a morada deste espaço pollockiano e transcendente é: Rua José Pedro da Silva, nº 16 A - Paço de Arcos. Arrisquem e pode ser que se sintam recompensados pela descoberta.
Sugestão 2:
A outra sugestão é para todos os "thirtysomething" como eu (ainda apenas 31), comprem a revista "Visão" (a capa é a que se reproduz aqui ao lado), onde vem um excelente artigo de 9 páginas sobre o que é isso de ter 30 anos em Portugal.
O artigo foca desde a fobia por comprar casa ou constituir familia, até aos casos em que um entrevistado se sente "...o ultimo dos moicanos..." porque não é ainda casado ou tem filhos... já vou começar a treinar as danças tribais porque aqui está mais um "moicano".
Depois tem curiosidades dos hábitos dos trintões que são (os 3 primeiros): viver em casa própria ou dos pais (83%); vivem em lares onde se faz a separação de lixo (72,4%) e têm animais domésticos (61,9%). No fundo, somos uma geração que se preocupa com o ambiente, os animais e viver o melhor possivel... não será sempre assim?

Só uma ultima referência à reportagem, na página 90 aparece um espaço chamado "Memórias de Infância", é uma delicia recordar todas aquelas series, livros, passatempos, roupas que se usavam... alguma nostalgia não mata desde que saibamos seguir em frente.
Carpe Diem.

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Viver o Presente
O que é aproveitar o nosso tempo? Eu entendo que, aproveitar a Vida implica estar o máximo de tempo possivel com aquelas pessoas que nos fazem bem e chamamos AMIGOS. São eles que nos sustentam quando estamos em baixo e quem ri connosco quando estamos felizes.
O meu conceito de Amigo não reside apenas naquele que não deixa as lágrimas cair, mas também no que diz que salta connosco o precipício e que é capaz de nos dar a mão sem saber se nos vai apanhar, sustentado apenas na fé de que isso acontece.

Eu sou daquelas pessoas que conserva as amizades bem fundo no coração e me entrego completamente quando essas pessoas me parecem importantes... hoje em dia é tão dificil encontrar quem queira conviver, sentir, partilhar, viver que, quando se encontra alguém assim deve-se agarrar a oportunidade com as 2 mãos.
Agora que o Verão se encontra nos seus momentos finais, apetece ainda ficar a planar e olhar o horizonte, com o sol a pôr-se, de preferência com uma cerveja e uma boa companhia, em amena cavaqueira ou num silêncio partilhado. Qual a pressa do dia seguinte quando se pode viver o PRESENTE com intensidade?
Existe um truque nesta paródia chamada Vida: o passado já foi, o futuro ainda será e o que importa é o presente, mesmo que isso represente dormir apenas 2/3 horas por noite ou beber deliciadamente um belo vinho e discutir assuntos importantes.
Sou como Hemingway, e muitos outros, um apreciador da Vida em "slow motion", onde cada detalhe importa e cada momento tem o prazer de revelar mais um mistério... para quê correr quando cada minuto pode ser vivido intensamente? Para quê esperar os GRANDES MOMENTOS quando, por vezes, basta um olhar para dizer tudo?
Sonhar a Vida continua a ser importante, contudo a mentalidade tem de mudar para viver o PRESENTE e ser feliz... eu ando a fazer por isso e vocês?
Carpe Diem.

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Hipnose Musical
Finalmente assisti a um concerto de Massive Attack... sim, eu sei que eles vêm cá imensas vezes, contudo nunca pude conjugar a oportunidade com a companhia... por isso, desta vez, ambas as coisas se concretizaram para uma noite em cheio.
Foi um concerto de hora e meia com 3D e Daddy G (com o apoio de Horace Andy e Liz Fraser), num Coliseu repleto e pronto a embarcar para mais uma aventura sensorial. Não se trata de um concerto para ver o que acontece em palco, mas sentir as emoções e as batidas a fluirem pelo corpo, mesmo que de olhos fechados (e tantas foram as vezes que o fiz).
Percorreram todos os seus grandes êxitos como "Karmacoma" (primeira grande ovação da noite), "Teardrops" (com os videowalls a passarem o numero de mortos no Iraque), "Angel", a loucura sensorial da percursão em "Inertia Creeps", entre outros...
Por detrás dos cantores e banda apenas uma fila de luzes que iam pontuando o ritmo, aumentando/diminuindo de intensidade... um Coliseu à media luz e público a vibrar, como se fosse a primeira vez, com a dança sincopada ou o candenciar de balanço do corpo.
O concerto terminou com um heavy metal (sim, leram bem) que os Mettalica não desdenhariam, com as baterias em despique diabólico e Del Naja num monólogo louco e muito físico... em contraste, viam-se nas primeiras filas, umas leves bolas de sabão a flutuar.
São destes os momentos que fazem os sonhos: boa musica e excelente companhia que se prolongou pela noite dentro, numa amena cavaqueira bem regada... a repetir!!
Carpe Diem.

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Revolta de um Cinéfilo
Com muita tristeza estou a escrever este texto com a noticia da descontinuidade da revista que, para mim, era a única biblia de cinema em português: a Premiere.
A edição que aparece aqui do lado é a penultima, sendo que no corrente mês ainda sairá mais uma, com a Catherine Zeta-Jones na capa. A justificação para o encerramento da revista prende-se, como não podia deixar de ser, pela sua suposta falta de rentabilidade.
O mais curioso é o seu Director referir que se preparavam para comemorar mais um aniversário (9 anos em Novembro) e lançar diversas iniciativas tendo em vista o desenvolvimento de novos projectos, em medias diferentes como televisão, internet e afins. Inclusivamente, tinham incrementado a publicidade na revista e detinham um nicho de mercado certo e fiel. Para cúmulo disto tudo, a revista era impressa em Espanha, tendo em vista a poupança de custos!!!
Que triste sina a de um cinéfilo em Portugal que não consegue ter traduzido para português uma boa revista de cinema tal como os espanhois (Fotogramas), ingleses (Empire)ou franceses (Premiere e Cahiers du Cinema)... o cancelamento desta revista vem no seguimento do mesmo acontecimento nos EUA, contudo, ai a revista passou a estar disponivel, exclusivamente, na Net, situação que não é financeiramente suportável em Portugal.
Resta-nos a nós, cinéfilos, gastar 8 euros (preço da Empire inglesa) por uma boa revista de cinema importada, isto não é triste?
Carpe Diem.

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Esta Mulher vale ouro
Nos EUA existem humoristas que não se importam com convenções ou em parecer bem, uns podem ser considerados ofensivos mas outros há que são inteligentes e sabem responder à letra qualquer que seja o assunto, como é o caso de John Stewart (a apresentar de novo os Óscares este ano? Sim, pleaaaaaseeee) e esta senhora da foto de seu nome Sarah Silverman.
Este ano convidaram-na para apresentar os prémios MTV da música, os tais onde foi reanimada a Britney Spears numa interpretação tão vazia que faz os zombies do videoclip Thriller do Michael Jackson parecerem coelhos com pilhas Duracell.
Para quem não conhece o trabalho da Sarah Silverman aconselho-vos a estarem atentos aos talk-shows de Jay Leno, Conan O´Brian e afins que ela por vezes lá aparece ou puxem a sua serie cómica de nome homónimo.
Além da devida vénia ao seu tipo de humor, não posso deixar de incluir aqui a tirada fantástica que ela deixou após a actuação de Britney Spears no MTVMA:
"... Was that incredible? Britney Spears, everyone," Sarah said.
Wow. She is amazing. She is 25-years-old and she’s already accomplished everything she’s going to accomplish in her life. It’s mind blowing."
She added: "Have you seen Britney’s kids? Oh my god, they are the most adorable mistakes you will ever see!"
They are as cute as the hairless vagina they came out of..."
Simplesmente LINDO e ainda deitou abaixo a Paris Hilton... posto isto apenas posso dizer, Sarah Silverman Rullez!!! Para quando a apresentação dos Óscares? Ia ser lindo!!!
Carpe Diem.

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Exemplo a seguir... treinem o olhar :)

Carpe Diem.

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Porque hoje me apetece ser Surreal :)
"A Mim Fazia-me Jeito":

Lágrimas ou salgueiros sobre a margem
de dentes de ouro
de diamantes de polén
como a boca de uma rapariga
de cujos cabelos brotava o rio
em cada gota um peixe
em cada peixe um dente de ouro
em cada dente de ouro um sorriso de quinze anos
para que se reproduzam as libélulas.

Quando o vento lhe destapa as coxas
é inocente uma donzela?

Os Poemas de Luís Buñuel (organizado por J. F. Aranda e traduzido por Mário Cesariny)

Carpe Diem.

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O Verdadeiro Terror
Como não podia deixar de ser não consegui escapar ao evento "MOTELx" que ainda decorre no Cinema S. Jorge (termina hoje). Trata-se de um primeiro festival, não competitivo, de cinema de terror, organizado pelo Cineclube de Terror de Lisboa.
Para inicio de certame nada mais apropriado do que exibirem alguns episódios de uma série americana de terror, cujos episódios são realizados por auntênticos senhores deste género como John Carpenter, Joe Dante, Tobe Hooper, John Landis, Dario Argento, entre outros... todos sob a orientação de Mick Garris (presente no Festival, onde deu uma Masterclass). A única condição existente nesta série é a duração de cada episódio (cerca de 60 minutos) e o seu baixo orçamento.
Ontem tive o prazer de ver 2 episódios em sessão dupla dos quais já tinha ouvido falar imenso mas, graças aos nossos canais de TV (nos EUA passa no canal de cabo Showtime) ou aos editores de DVD´s (a série tem 2 temporadas realizadas até ao momento, tendo a primeira iniciado em 2005) nacionais, ainda não tinha tido a oportunidade de confirmar se o "buzz" se justificava. Os episódios foram "Cigarette Burns" de John Carpenter e "Homecoming" de Joe Dante.
O primeiro retrata a busca de um homem (Kirby Sweetman), especializado em encontrar fitas de filmes raros, por uma cópia de um filme que apenas foi exibido uma vez (no Festival de Sitges) e provocado nos espectadores um frenesim homicida, de seu nome "La Fin Absolue du Monde". É um filme sobre uma obsessão, sobre o poder do cinema e a força que este pode ter. O episodio é uma ode ao cinema na sua forma mais pura, apesar da preversão dos sentidos, já que a busca pelo filme não é mais que o desejo de o ver... acaba por ser um momento de redenção para um anjo e uma descida aos infernos para todos os restantes... eu sou um fã de Carpenter e é impressionante como, com tão pouco, consegue sempre fazer filmes geniais.
O segundo filme, da autoria de Joe Dante, é uma sátira ácida à guerra no Iraque e ao poder de George Bush. A história passa-se durante a reeleição do presidente e tudo se desencadeia quando, durante um talk-show, um apoiante de Bush diz que gostava de ver os combatentes mortos no Iraque a regressarem para agradecerem terem servido o país... eles de facto regressam (como zombies), mas para votarem contra Bush. Trata-se de um filme hilariante e a melhor crítica ao governo americano de que tenho memória... é impressionante como um pequeno episodio pode ser tão cáustico e subsversivo, bem haja Joe Dante!!!
Se puderem adquiram os packs das 2 temporadas (pela Net ou nas lojas especializadas) e vejam estas pequenas obras primas, valem mesmo a pena!!
Carpe Diem.
PS: Com este certame começa a vaga de Festivais de Cinema, já na proxima semana temos o "Queer Lisboa", depois o "Festival de Cinema Francês" e o "Doc Lisboa"... haja tempo e dinheiro!!!

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Melancolia
Porque hoje está um dia melancólico, apetece ler e escutar o barulho das ondas em fundo, como tenho casa perto do Mar aproveitei e uma das leituras foi este poema que vos deixo... atenção que a melancolia nem sempre é má, apenas não pode ser constante:
Cheguei a ter medo de te perder,
tu não chegaste sequer a ter medo.
Este silêncio de já não termos palavras
ouve-se nas outras palavras que trocamos.
Miserável mundo nosso e alheio,
igual ao que todos disseram da sua época,
e pior, porque este vivemos nós
e conhecemos nós, cada um conforme pode.
Já morreram os ídolos todos da infância
e os da adolescência vão a caminho,
sobrevivente é o teu olhar cego
(hoje só há um dos Righteous Brothers)
Na feira de velharias uma caixa
para tabaco com uma rosa verde.
Tem o preço ainda em escudos, uma falha
num dos cantos, uma pequena cruz de cal.
Permaneces aí, à lareira, lendo livros vivos
e o seu turbilhão de palavras profundas.
Nunca mais chega o medo de nos perdermos,
eco um do outro em ricochete de silêncios.
Hélder Moura Pereira - "Mútuo Consentimento"
Carpe Diem.

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Momento de Pausa
Um poema para o fim de semana que se avizinha, por vezes sabe bem parar, relaxar, pegar num copo de vinho tinto e ler um poema a observar o pôr do Sol no horizonte... deixo-vos uma sugestão:

Antes tu e eu éramos
um só, como o corpo e a sua sombra
agora somos, tu e eu,
como a nuvem que foge após um aguaceiro

Antes tu e eu éramos
como o som e o seu eco, acordes entre si;
agora somos, tu e eu,
como as folhas mortas caídas dos ramos

Antes tu e eu éramos
como o ouro ou a pedra, sem mancha nem fissura;
agora somos, tu e eu,
como uma estrela extinta ou um esplendor passado.

Fu Hsiuan (Séc. III) in "Mesa de Amigos" (versões de poesia por Pedro da Silveira)

Carpe Diem.

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O Tempo das Cerejas
Primeiro ponto, um livro mexe comigo quando leio um excerto e me puxa, neste caso falo do mais recente romance de Claudia Galhós de seu nome "O Tempo das Cerejas" (430 páginas - Edição Oficina do Livro). O que me puxou, inicialmente, para adquirir este livro foi este momento:
"... Há labios que se guardam num beijo. Colados aos nossos. Tocamos-lhes cada vez que tocamos com os dedos na imagem do passado. Ele ainda ali está. Nos lábios dela. A beijá-la. (...) Há beijos que não se esquecem..."
O livro é um imenso fresco contemporâneo, com musica de fundo (desde Amália a Nirvana), de personagens no Portugal real e no Mundo que se encontram perdidas... procuram o Amor ou a felicidade, alguém que os segure na velocidade dos dias porque "há beijos que não se esquecem".

As personagens irão interligar-se e formar uma "familia" fora do comum com mais amor e compreensão que uma familia "normal", dita nuclear. A busca da felicidade pode estar numa musica, na negação da idade real face à interior, na fuga do mundo real para uma "second life", na rebeldia da juventude ou na incompreensão da violência... são casos reais desta Vida que nos subjuga, cada vez mais, para uma velocidade incomportável a uma "slow life".
Li com prazer e revi-me em certas personagens, na ideia de um Portugal contemporâneo parado no tempo e que tem medo de evoluir, onde as pessoas com idade avançada esperam a morte em vez de viverem a Vida até ao ultimo suspiro... onde os preconceitos da Vida e a ideia de normalidade leva uma pesso a refugiar-se no mundo virtual para ser feliz e realizar uma utopia... a ideia de uma pequena comunidade livre, mas cheia de ideias... o convivio mais intenso acontece no meio virtual face ao real pelas vicissitudes da Vida... uma personagem que se "diverte" a ver o Mundo da sua janela, mas tem pavor de participar nele... um beijo na infância que marca uma Vida e cria um sonho possivel... a capacidade de mudar completamente o rumo e ser feliz, sem medo das consequências.
Aconselho este livro que está escrito de uma forma intensa e sem medo, demonstrando a futilidade de uma Vida em que se corre do emprego para casa e vice-versa, quando temos sonhos que não procuramos alcançar ou que achamos impossiveis. Eu pergunto, o que é o impossivel? Porque não damos valor ao que importa? Porque viver uma "slow life" custa tanto?Porque temos de lutar contra as aparências quando o que somos deveria ser mais importante?
Deixo-vos com um ultimo excerto do livro:
"... Os outros são apenas outros a partir da tua perspectiva e porque os olhas a partir do "eu". Se te mudarem de posição, e te retirarem o eu da formulação gramatical, se passares a ser tu, olhada a partir de um "eu" que é alguém distinto de ti, passarás tu a ser o "outro". O outro está sempre na posição oposta ao teu olhar..."
Carpe Diem.

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Trip Musical
Dia 17 de Setembro pelas 21 Horas no Coliseu dos Recreios, os senhores da foto (Massive Attack, para quem não sabe) acima regressam ao nosso país para mais um grande momento (espero eu). Sendo fã desde a primeira hora, mas sem encontrar alguém que me acompanhasse na aventura sincopada destes senhores, finalmente descubro uma pessoa e lá vamos nós à aventura...
Para ela aqui vai a minha musica favorita de seu nome "Teardrops", contudo, espero conseguir apanhar as tuas lágrimas antes delas cairem, nem que seja com resmas de Kleenexs na Esplanada da Graça :)
Love, love is a verb
Love is a doing word
Fearless on my breath
Gentle impulsion
Shakes me makes me lighter
Fearless on my breath
Teardrop on the fire
Fearless on my breath
Night, night of matter
Black flowers blossom
Fearless on my breath
Black flowers blossom
Fearless on my breath
Teardrop on the fire
Fearless on my breath
Water is my eye
Most faithful mirror
Fearless on my breath
Teardrop on the fire of a confession
Fearless on my breath
Most faithful mirror
Fearless on my breath
Teardrop on the fire
Fearless on my breath
You're stumbling a little (x2)
"Teardrops" - Massive Attack
Carpe Diem.

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Tributo ao Prazer
Se eu tivesse de escolher um quadro, muito provavelmente, este estaria nas primeirissimas posições.

Trata-se da pintura "Danae" de Gustav Klimt que, quanto a mim, representa toda a beleza da Mulher (assim mesmo com M grande) na sua busca pelo prazer... um prazer dourado e certamente duradouro. É simplesmente brilhante a forma como Klimt retratava as Mulheres sendo que, na sua vida privada, foram a sua fonte da sua inspiração e o seu sonho.
O que tem este quadro de especial? Uma sensualidade à flor da pele, uma beleza étera e um corpo delicado no momento do extâse... não se trata apenas de uma Mulher a obter prazer de si própria mas, sobretudo, a beleza do acto em si e as cores que o compõem e tornam único.
A cor dourada do orgasmo poderá representar o precioso que é atingir esse momento e a unicicidade da sensação que ele comporta... o que mais me entusiasma na Arte é descobrir coisas novas, encontrar num quadro (mesmo que o conheça a fundo) sempre algo surpreendente. Neste caso, descubro sempre novas interpretações e fico maravilhado, é um verdadeiro tributo às Mulheres e ao prazer.
A beleza da Arte e das Mulheres está ai, na descoberta constante e na possibilidade de ser surpreendido... cada dia é uma aventura e tal como acontecia com Klimt prefiro a companhia de mulheres interessantes e com conteúdo do que muitas outras companhias...
Muito Obrigado às Mulheres que fazem parte da minha Vida e que sempre me mostraram a força que têm.
Carpe Diem.

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