Indie Lisboa 2008 - Dia 1
O 5º Indie Lisboa arrancou oficialmente e, ao contrário das 4 edições anteriores, desta vez não iniciei a maratona de filmes com a Sessão de Abertura (este ano com o filme "My Blueberry Nights" do realizador Wong Kar Wai), mas com um documentário musical, inserido na rubrica Indie Music, dedicado aos Gorillaz, chamado "Bananaz" e realizado por Ceri Levy.
Não me interpretem mal, sou um grande fã do cinema de Wong Kar Wai, contudo e tendo em conta a oferta existente em outras salas para o dia de hoje, preferi assistir a algo que raramente estreará comercialmente em detrimento de um filme que poderei ver "de graça" quando estrear nos cinemas Medeia (01 de Maio) graças ao Cartão Medeia :)
Confesso que já tinha saudades do ambiente do Indie, encontrar pessoas de outras edições, verificar que se trata de um evento cada vez mais transversal e onde se encontram diversas sensibilidades e tipos de audiência, num cocktail diferente, engraçado e, sobretudo, que resulta.
O filme/documentário de hoje acompanha os Gorillaz (a banda de 2D, Russel, Murdoc e Noodles) desde a sua criação (em 2000), fruto da mente de Damon Albarn (musica) e Jamie Hewlett (desenhos) e com o apoio dos produtores Dan the Automator (primeiro album) e Danger Mouse (segundo album). Trata-se de um resumo de carreira (um requiem?) recheado de humor, evidenciando a evolução da banda desde um inicio timido e alternativo (Albarn chega a referir a banda como experimental) até à consagração num concerto, em Nova York, recheado de convidados de peso e musicos "à mostra" (os concertos deles, normalmente, aconteciam por detrás de um painel onde apareciam os "bonecos" em detrimento da banda).
O documentário confirma a importância fulcral de Albarn, motor de todo o projecto e criador de sons e ideias, já que é este que convida cantores e bandas para tocarem nos albuns (Ike Turner, Ibrahim Ferrer, Dennis Hopper, De La Soul...) e tem o seu momento mais divertido e caricato quando, antes de iniciar o concerto, procura convencer a responsável de um coro de crianças afro-americanas (esta faz questão de frisar este termo politicamente correcto), pelo facto da letra a cantar não ser totalmente explicita (o humor inglês e a ironia nunca serão entendidos pelos americanos!!) podendo, eventualmente, ser perturbadora (?!) para as mesmas.
Um documentário a ver e que repete no dia 02/05 às 22 horas no Fórum Lisboa... quanto a mim despeço-me até amanhã com mais 3 filmes em perspectiva, 2 Johnnie To e um filme que tem feito bastante sucesso em festivais de cinema com o sugestivo título de "O Filho de Rambow".
Carpe Diem.

Etiquetas:

 
posted by Carpe Diem ¤ Permalink ¤


0 Comments: