No âmbito da iniciativa Jazz em Agosto da Fundação Calouste Gulbenkian tive o prazer de assistir ontem a um concerto, no mínimo, diferente do quinteto de Sylvie Courvoisier Lonelyville (foto à esquerda).
Antes de mais, quero salientar todo o ambiente do espaço já que o concerto decorreu no anfiteatro ao ar livre dos jardins da Gulbenkian, com as árvores a rodearem o palco criando um momento onírico e especial.
O que torna diferente esta musica? Entre outras coisas o facto do quinteto ter nas suas fileiras um violino e um laptop... ao inicio, é estranho porque se trata de uma mistura entre musica clássica, electrónica e jazz num processo de fusão que, ao contrário do que possam pensar, flui muito extraordináriamente bem.
Depois, a própria Sylvie toca piano de forma diferente com o uso das cordas interiores, a repetição de teclas, o uso do cotovelo nas teclas... tudo isto torna a sua musica ainda mais estranha e éterea... foram 90 minutos de extase, descoberta, espanto e magia!!
Tenho ainda de salientar os restantes menbros do quintento: Mark Feldman no violino (simplesmente assombroso), Vicent Courtois no violoncelo, Ikue Mori no laptop (nunca imaginei que sons vindos de um PC poderiam integrar-se tão bem numa estrutura de jazz tradicional) e Gerald Cleaver na bateria (fazendo sons com tudo o que se possa imaginar, estupendo).
O Jazz em Agosto termina hoje com os concertos de Fritz Hauser (Auditório 2 às 15:30), Pascal Content e Barre Phillips (Auditório 2 às 18:30) e Peter Brotzmann Chicago Tentet (Anfiteatro ao Ar Livre às 21:30), vão até lá!!
Carpe Diem.
Etiquetas: Concertos