A montanha pariu... um rato!!
Acabei de ver o grande "happening" do momento, o filme "Quem Quer Ser Bilionáiro?", pelo qual sentia uma imensa curiosidade pelo facto do acolhimento consensual, a nível de crítica e público, nos EUA. Depois de ler diversas criticas positivas ao filme, os prémios obtidos nos Globos de Ouro e nas mais variadas associações nos EUA e Europa devo dizer, em minha opinião, que a montanha pariu um rato...
A história de um miudo das barracas (o tal slumdog millionaire) na Índia que ao concorrer ao concurso local do programa americano "Quem Quer Ser Milionário" ganha o prémio final e assim consegue resgatar o seu grande amor, não traz nada de novo ao cinema. É um filme exótico, recheado da estética MTV (ou estética "Transpotting"), com uma excelente banda sonora e uma história de amor como tantas outras que o cinema já mostrou.
Poderão vocês dizer que a pobreza nunca foi mostrada desta forma e eu recordo dois filmes onde ela apareceu, o Cidade de Deus e O Fiel Jardineiro (neste último até a história de amor era bem mais forte), de forma tão crua quanto a deste filme e sem ter de recorrer a mergulhos na merda. Dirão ainda que o filme apresenta um ritmo elevado e inovador, nada mais errado tendo em conta o seu realizador (Danny Boyle) que já tinha feito o mesmo em filmes como Transpotting e 28 Dias Depois. E a história de amor? Bem, não senti qualquer emoção entre os dois personagens, nem um único rasgo de intensidade e há sequências profundamente previsiveis (como a sequência do telemóvel no carro).
Contudo devo dizer que o filme não é mau, apenas não consegue sair da mediania, com uma aposta no exotismo da pobreza (ao qual não escapa momentos no Taj Mahall) e uma história de amor sem força. A realização de Danny Boyle não apresenta soluções para tornar o argumento mais aliciante e os actores principais não têm quimica entre si, numa paixão que teria, forçosamente, de ultrapassar momentos intensos e complexos.
Destaco a beleza da actriz Freida Pinto e a musica que percorre o filme que, espero, seja vencedora do Óscar respectivo.
Carpe Diem.

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2 Comments:


  • At 10:32 da tarde, Blogger Brunhild

    Permite-me discordar...
    Eu acho q perdeste o q este filme tem de melhor: a forma como a estória é contada.
    É preciso ter em consideração que este filme foi feito proporsitadamente a puxar a Bollywood, com técnicos e actores de Bollywood. Sim, é exótico. E, sim, afasta-se de tudo aquilo q estamos saturados: hollywood plastificada.
    Para se apreciar devidamente este filme, é preciso levar td isso em conta.

    Adorei o filme! Como se nota. Acho simplesmente genial a forma como foi contada...

     
  • At 10:43 da tarde, Blogger Carpe Diem

    Claro que permito que discordes da minha opinião, não tenho a veleidade de acreditar estar 100% certo... contudo, este filme não me entusiasmou nem deixou apaixonado pelos personagens.

    A forma como a história é contada com o intercalar entre as respostas e a experiência de Vida está interessante mas não é inovadora.