Quem me conhece sabe que destesto este senhor que aparece aqui na foto da direita e, apesar de adorar ler, não suporto os seus escritos... no entanto, desta vez é que ele enloqueceu através de uma entrevista ao DN, reproduzo aqui um excerto:
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DN: Qual é o futuro de Portugal nesta península?
JS: Não vale a pena armar -me em profeta, mas acho que acabaremos por integrar-nos.
DN: Política, económica ou culturalmente?
JS: Culturalmente, não, a Catalunha tem a sua própria cultura, que é ao mesmo tempo comum ao resto da Espanha, tal como a dos bascos e a galega, nós não nos converteríamos em espanhóis. Quando olhamos para a Península Ibérica o que é que vemos? Observamos um conjunto, que não está partida em bocados e que é um todo que está composto de nacionalidades, e em alguns casos de línguas diferentes, mas que tem vivido mais ou menos em paz.
DN: Integrados o que é que aconteceria?
JS: Não deixaríamos de falar português, não deixaríamos de escrever na nossa língua e certamente com dez milhões de habitantes teríamos tudo a ganhar em desenvolvimento nesse tipo de aproximação e de integração territorial, administrativa e estrutural. Quanto à queixa que tantas vezes ouço sobre a economia espanhola estar a ocupar Portugal, não me lembro de alguma vez termos reclamado de outras economias como as dos Estados Unidos ou da Inglaterra, que também ocuparam o país. Ninguém se queixou, mas como desta vez é o castelhano que vencemos em Aljubarrota que vem por aí com empresas em vez de armas...
DN: Seria, então, mais uma província de Espanha?
JS: Seria isso. Já temos a Andaluzia, a Catalunha, o País Basco, a Galiza, Castilla la Mancha e tínhamos Portugal. Provavelmente [Espanha] teria de mudar de nome e passar a chamar-se Ibéria. Se Espanha ofende os nossos brios, era uma questão a negociar. O Ceilão não se chama agora Sri Lanka, muitos países da Ásia mudaram de nome e a União Soviética não passou a Federação Russa?
DN: Mas algumas das províncias espanholas também querem ser independentes!
JS: A única independência real que se pede é a do País Basco e mesmo assim ninguém acredita.
DN: E os portugueses aceitariam a integração?
JS: Acho que sim, desde que isso fosse explicado, não é uma cedência nem acabar com um país, continuaria de outra maneira. Repito que não se deixaria de falar, de pensar e sentir em português. Seríamos aqui aquilo que os catalães querem ser e estão a ser na Catalunha.
DN: E como é que seria esse governo da Ibéria?
JS: Não iríamos ser governados por espanhóis, haveria representantes dos partidos de ambos os países, que teriam representação num parlamento único com todas as forças políticas da Ibéria, e tal como em Espanha, onde cada autonomia tem o seu parlamento próprio, nós também o teríamos.Há duas Espanhas.
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Digam lá se não é loucura? Depois de Soares a elogiar Hugo Chavéz só posso chegar à conclusão de que a senilidade atacou as nossas figuras seculares...
Carpe Diem.
Etiquetas: Política
Bufff