Indie Lisboa 2008 - Dia 5
O começo de mais uma semana acaba por não permitir os mesmos "excessos" do fim de semana e, como tal, o 5º dia para mim no Indie resumiu-se a apenas um filme. Melhor dizendo, uma média metragem, com duração de 61 minutos e denominada "Cap Nord", realizada por Sandrine Rinaldi e inserida na rubrica Laboratório (espaço mais alternativo do Festival).
Uma critica, qualquer que ela seja, corresponde sempre a gostos pessoais, sentimentos e senso comum do próprio critico/espectador e, no caso do cinema, as sensações (ou falta delas) que o filme gerou nessa mesma pessoa. Pois bem, um Festival que preza a diversidade é muito comum encontrar filmes que não se gostem ou se considerem menos bons mas, igualmente, filmes que acabam por surpreender (exemplo máximo disto é o "Tarnation" do Jonathan Caouette).
O filme "Cap Nord", de origem francesa, tem uma história (?!) reduzida a uma reunião de um grupo de pessoas numa festa, situada na cave de uma casa, sem que se saiba como nem porquê e musicas/danças sem sentido aparente que não seja a diversão... as personagens interagem entre elas, e connosco espectadores, como se de uma peça de teatro se tratasse, através de doses de diálogo inconsequente onde predominam as afirmações de pacotilha e a vacuidade das ideias.
Acima de tudo é um filme com um vácuo intenso no que respeita a ideias, sentimentos e emoções... a questão não está no que não se explica, mas sim, no facto de não ter explicação de todo. O advento das cameras digitais, hoje em dia, permite que qualquer pessoa possa fazer um filme, reflectindo-se na produção global. Se tivermos ainda em conta os 5 minutos (no mínimo) finais, com um plano sequência fixo de uma personagem sem que nada se passe, apenas demonstra um pretensiosismo de um certo cinema francês (e algum europeu em geral) que, felizmente, vai sendo cada vez mais raro.
A minha sorte é que amanhã tenho 2 filmes e ambos de Johnnie To, salve-se isso!!!
Carpe Diem.

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