Chegado quase ao final do Indie (faltam apenas 2 dias e 5 filmes), o dia de hoje foi ocupado apenas com uma pelicula, o mais recente filme do rebelde do cinema americano Harmony Korine, chamado "Mister Lonely".
O que dizer acerca desta bizarria? Primeiro tem o genérico mais hilariante dos ultimos tempos, um imitador de Michael Jackson em cima de uma mota miniatura a puxar um macaco de peluche ao ritmo de uma musica lacinante de refrão "i´m so lonely", todo um programa e explicação para os 112 minutos de filme.
Trata-se de um filme com 2 histórias que nunca se cruzam, a primeira é o referido imitador de Michael Jackson (Diego Luna) que se dedica a imitá-lo nas ruas de Paris até que encontra uma imitadora de Marilyn Monroe (Samantha Morton) que o convida para uma comunidade de imitadores... lá se encontra o seu marido, Charlie Chaplin e a sua filha, Shirley Temple... também fazem parte da comunidade os 3 Estarolas, James Dean, Capuchinho Vermelho, Abe Licoln, a Rainha de Inglaterra (que dorme com o Papa), Madonna entre outros. No fundo, esta comunidade representa um local de sonho onde cada um destes desenraizados da vida encontra o seu espaço, conseguindo ser alguém em detrimento dos "loosers" que realmente são.
Como diz o imitador de Michael Jackson, ele sempre quis ser alguém diferente quanto mais não fosse para ocultar o facto de nunca ter tido sucesso com o seu verdadeiro "eu". O final acaba por ser uma vitória da verdade e o inicio da descoberta da sua verdadeira personalidade.
Intercalando a história dos imitadores, seguimos um grupo de freiras pertencentes a uma missão situada na selva. Estas descobrem, ao saltar acidentalmente de um avião enquanto largam comida, que Deus as protege quando saltam sem paraquedas e isso leva a momentos hilariantes no filme (como a freira que salta em cima de uma bicicleta). Chega a tal ponto que o Papa reconhece o feito destas freiras como um milagre, até que a viagem ao Vaticano não corre como esperado...
No fundo, é um filme irregular, interessante na sua premissa no que respeita à história dos imitadores, mas que vacila quando coloca as freiras em cena e as vozes off com palavras de fé e misticismo.
Carpe Diem.
Etiquetas: Crónicas do Indie
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beijoca grande